em tempos de guerra e nos de paz também.
Procurei nas crianças, nos sábios idosos...
Em meio aos céticos e aos que dizem amém.
Tentei o amor nos dias de inverno,
ao deitar-me sereno com saudades do teu sexo.
Procurei incessante nos dias de inferno,
em que a solidão e uns versos faziam crer no meu fim.
Busquei intrínseco em mim, talvez inato em ti.
Na minha mãe, na minha irmã, na minha mulher;
naquela colher de sorvete de abacaxi francês...
Tentei amar a três!
deixei-me um pouco nos seios;
metade, eu sei, no teu conjunto de nádegas...
Maldito seja teu verbo e tudo que toco e perco gosto.
Maldito seja teu rosto e aquele abraço mais teu cheiro...
Demoníacas tuas vestes daquele dia em que te despi e virei-me do avesso.
Diabólico é não amar nunca mais por saber que o amor
fora aquilo que desperdicei nas noites que dormi,
nunca antes nem depois, tão sereno...
Te maldigo aos ventos por ter me acorrentado
às tuas loucuras cuja saída jamais encontrei.
Mas te juro, que muito antes de desistir...
Procurarei amor no limbo
Procurarei amor no lindo
No escarrado
No escrachado
Em tudo que for tão obvio ou tão improvável.
(Há de ter sobrado algum meio surrado)
Amor de esquina, de fast food, de madrugada virada.
(Só quero esse azar de me perder noutra estrada)
Uma luz no meu marasmo..
Loucura nesse meu escuro..
(João Augusto)