Como podemos fugir?
Como podemos ficar?
O cigarro não amansa mais,
ante ao sentimento de adeus
que ladeia nosso abismo particular.
Pudera eu ficar nesta cava
por todo o sempre assim,
alheio ao amanhã e ao ontem,
sem medo da morte.
O chá esfriou.
Morte o que é,
senão um chá que esfria
e acaba pela metade?
Chá o que é,
sem teu teto nouveau,
tuas paredes ornadas em ouro,
mais teu sabor gengibre-quente?
Te bebo.
Te fumo.
Te amo.