sexta-feira, 23 de março de 2012

As Sem-Razões do Ódio

Odeia porque de menos a mais efeito algum lhe traz
Odeia simples e puramente por não conseguir amar
Odeia por não se adequar a meios-termos e preferir o ódio à indiferença
Odeia não conseguindo admitir o amor em seu estado pífio
Odeia por odiar, fazendo do ódio, seu amante íntimo

-Venha meu amor que te odeio sem pudor.

Ódio que alimenta o espírito inquietante e perplexo
Côncavo convexo do jovem gritador
Ódio que enche o peito de revolta
Contamina tudo à volta sem convite ou conversor.
Ódio que aquece o coração revolto
Engasga a glote, dá nó na gogó e enrijece o corpo todo

-Ufa! Já passou..

Odiar primeiro ao sistema e segundo ao seu senhor
Odiar todo problema que lhe causa estresse,
Ou uma dor qualquer nos pés...

Eu te odeio porque te odeio
Não precisa ser constante,
Nem tão pouco sabe sê-lo.

Odiar o carnaval por invejar o bacanal
Odiar o bissexual por não conseguir ser sensual
Odiar sua ex por estar feliz com outro
Odiar um mês qualquer, geralmente agosto
Dá gosto, amargo, nos lábios, rancor

-Cinza? Odeio essa cor!

Sentimento,
Sentir menos,
Sem ti, nem tô…
Ódio em seu estado bruto.

Ódio é primo da morte
E da morte vencedor
Por mais que o matem (e matam)
A cada instante de amor.

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