Queria uma casa pequena, num canto qualquer que
fosse sossegado o suficiente para se ouvir o canto das aves ao
amanhecer, tirar uma soneca na tarde e então ler um bom livro ao cair da
noite.
Uma casa de madeira com móveis também em madeira,
um fogão a lenha e um colchão no chão, muitos gatos pela casa e um cão
de guarda pelo pátio, muitas flores no jardim e uma árvore que faça
sombra, uma varanda onde bata sol à tarde e também uma cadeira
confortável, uma geladeira velha e alguns bons uísques, uma bela vista e
vizinhos compreensíveis quanto ao meu gosto eclético para as músicas e
seu volume inacessível…
Mas isso tudo vai ser só no inicio.
Alguém virá. E quando esse alguém vier compartilhar
minha morada, ancorando por aqui sem pedir licença, me chamando de
amor, me derretendo na boca…
Então amigo, já era… tudo vai ser diferente.
“Sem luxo, descalço, nadar num riacho, sem fome, pegando as frutas no cacho..”
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