sexta-feira, 23 de março de 2012

Ma(in)nual

Não planeje.
Se abstenha um pouco dessa realidade que ainda não aconteceu.
Não almeje.
Se detenha ao que está ao seu alcance.
Não pragueje.
Se desprenda da hora e viva o agora.
A ampulheta foi posta sobre tua cabeça.
Veja, sinta, faça, aconteça o que acontecer não espere!
Não deixe o hoje pra ontem já frustrado com o amanhã invisível.
É passível de dúvida a existência do depois.
Não queira depois se arrepender por hoje não ter feito o que agora passou por ontem não ter sido.
Não se submeta a julgamentos quaisquer, não serão estes olhos famintos cheios de eiras sem beiras, que lhe apontarão o caminho que teus pés percorrerão.
Tema veemente o meio termo, o morno, o raso... Grite.
Questione-se a cada passo dado e só olhe para traz pra respirar um segundo.  
Valeu a pena, mesmo os tropeços e quedas.
Se frustre, chore, e por favor nunca se acomode.
Pasme com a vida e todo seu tônus e nuances.
Seja a certeza do ser, fingindo saber que o futuro existe.
Quando na verdade há só o hoje, que ao saturar vira ontem.
E o resto?
Interrogações.

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