sexta-feira, 23 de março de 2012

Xis da Questão

Olhava a chuva.
Acompanhando a velocidade das gotas estavam minhas lágrimas.
Como sulco de uma laranja madura quando espremida, porque espremido estava meu coração sem notícias tuas.
Não consegui disfarçar mas não quis conversar, mesmo se quisesse, sei que minhas cordas vocais não acompanhariam e facilmente engasgaria tropeçando em palavras cruzadas.
Tentou me acalentar dizendo que todos sentem dor, todos sofrem... perdas. Bullshit
Não. Não. Não.
Nada estava certo, nada no lugar, nada podia ser real naquele instante.
Como se num pesadelo, esfregava meus olhos freneticamente e secava o salgado das lágrimas que escorriam em meu pescoço e que se confundiam com o amargor da chuva.
Me encontrava em prece havia um tempo já. Tempo esse que dolorosamente se arrastava para os que, como eu, esperavam notícias tuas.
Te espero aqui, pra te ver sorrir e dizer que nada foi, pra gente poder seguir… Contigo.
Eu te amo muito. Desde o dia que eu te conheci te amei. Como um raio de luz celeste que clareou meu céu de um jeito único, minha estrela.
Brilha forte, mas brilha forte agora que tá todo mundo olhando.
Vem!
Pra gente poder então, descobrir a razão, disso tudo…
O xis da questão.

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