sexta-feira, 23 de março de 2012

Not Enough

Tinha este pequeno problema, as palavras me inundavam, me inundavam e eu não as sabia distinguir, diferir, desmembrar, figurar, vislumbrar. Elas todas vinham onipotentes, imperativas, restritivas, ordenando que as expressasse de alguma forma, qualquer forma, errada forma, pequena forma, estridente forma, medíocre forma, mas alguma forma!
Pois fosse pelo fato de ser tão facilmente vulnerável ao sentir, ao alheio, ao leigo, ao meio, aos outros.. Uma amante dos sentidos, tocada pelas pessoas e pelas coisas.
Senão, então fosse pelo fato de ser tão variante, inconstante, irregular.. como pluma jogada à brisa, sambava pelo ar sem paradeiro, sem porque.

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