quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Maré Viva

A margem do rio me mata
Sinto-me vivo na maré alta
Clamo pela forte correnteza
Eu quero mesmo é não dar pé
Deixa a onda bater!

E se acontecer de eu me afogar
Que me deixem beira mar
Pra água vir me inundar
E assim que eu possa morrer
Tendo visto o caos de todo ser
Tendo sido eu, maré viva
Sem qualquer renúncia
Sem qualquer esquiva
Das tormentas da vida
Sentir o sangue escorrer
O mar me ensinou,
Deixa a água correr.

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