Carta à minha psicose:
É engraçado
como as coisas são,
Todas tão
rasas e breves, todas tão fáceis
Mas eu não.
Eu sou fundo como um poço cujo final jamais foi visto.
E vivo por
aí me escondendo, perambulando, me largando por todos os cantos
Transformando-me
em caos, em medo, em sofrimento e em toda dor que sequer me cabe
Minha cabeça
não sabe mas o peso que meus ombros carregam não são fardos meus, e sim, eu.
asfalto, me esquecendo nos matos, nos confins de tudo que aguarda e cuja sombra eu
resguardo
Regurgitando
minha existência, gritando minha sentença de ser triste perpetuamente e por
nada. Pena-de-morte irrevogável, por crime premeditado e, jurisprudentemente culpado.
E queimo
por dentro enquanto por fora sou todo frio, sou calafrio, sou arrepio e um
emaranhado de suspiros e engasgos e espasmos e uns sem-fim de medos.
emaranhado de suspiros e engasgos e espasmos e uns sem-fim de medos.
Desmedidos,
acometidos, mistificados, mal-entendidos... Nulos.
Chuto o ar e
grito aos ventos, minha mente não suporta
Atrás das
costas bato essa pitoresca porta
Escondendo a condição grotesca
Da zona confortante do
Não ser nada
E morrer
No fim.
sempre te leio
ResponderExcluirpor que?
Excluirdemais
ResponderExcluirobrigada!
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