sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

POEMAS À PRAGA (Poema I: Das Epifanias)

Das mesas de granito às cadeiras em madeira precisamente ornamentadas,
sob um pé-direito de uns oito metros ou mais;
tomei meu chá, fumei meu cigarro e
declarei meu amor por ti.

Teus ornamentos, formas, humores,
cores quentes, histórias e paixões.
Vi teus medos, teus zelos e preces,
tuas faces, teus sons e tua dança.

Como podia, naquele instante,
não te amar perdidamente?!
Te amei.

Em teu rio me fiz água corrente
querendo ficar...
Não podia.

Sente meu choro,
minha amada.

-Não posso ficar.

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